O espelho ocupa todo o trecho sobre a bancada, partindo do alto frontão até o forro l Projeto: Patricia Penna Arquitetura e Design de Interiores| Foto: Sérgio Israel
A arquiteta Patrícia Penna comenta os critérios a serem considerados e relata 4 erros comuns na hora de aplicar o espelho nos ambientes. Confira!
Item indispensável em qualquer casa, o espelho é, sem dúvidas, uma peça-chave e reserva muitos truques na hora de compor o ambiente. Além da atribuição de refletir uma imagem, ele traz consigo a inerente sensação de amplitude em qualquer ambiente. Com tantas possibilidades de modelos e tamanhos, a arquiteta Patrícia Penna, à frente do escritório Patrícia Penna Arquitetura e Design de Interiores, compartilha dicas e critérios valiosos que analisa para o emprego dos espelhos. E pode parecer trocadilho, mas quando o assunto é estilo, precisam refletir o estilo do ambiente e dos moradores. Modelos de espelhos em alta
No closet, o espelho é um ório essencial para reforçar a sensação de amplitude e, naturalmente, ser o apoio na hora de se vestir| Projeto: Patrícia Penna Arquitetura e Design de Interiores l Foto: Sérgio Israel
Um modelo que nunca sai de moda é o retangular com micro bisotê (que varia entre 0,5cm e 0,7cm). E não precisa de moldura. O espelho pode perfeitamente ser fixado sobre uma base de MDF ou metálica, e ser apoiado sobre piso ou pendurado na parede. Caso queira o espelho com moldura, é necessário que ela componha, com o ambiente onde o espelho será inserido. Ela relata que “é preciso formar um conjunto com o que está no entorno. Ter uma cor, um material ou um formato em comum com o que está próximo, criando uma sintonia”, afirma. Entre os modelos em alta, a arquiteta classifica as versões sem bisotê largo e espelhos de formatos orgânicos, como os redondos, arredondados e aqueles com linhas amebóides.
Horizontal ou vertical?
De moldura metálica, o espelho nesse projeto executado pela arquiteta Patricia Penna conversa muito bem com a proposta retrô do ‘armário farmacinha’, que guarda as toalhas. Além disso, é sustentado por uma alça de couro, num pendurador também metálico l Foto: Leandro Moraes
É necessário pensar na disposição dos espelhos, para evitar efeito contrário ao que se pretende na decoração, ou seja, refletir objetos e cantos indesejados, ou ainda refletir em demasia a luz natural o que causará um desconfortável ofuscamento para quem esta dentro do ambiente. Feita tal análise, o morador é livre para utilizá-los em todos os ambientes da casa, sendo que os lugares mais estratégicos para o posicionamento são hall de entrada, closets e banheiros. “Naturalmente, é fundamental avaliar caso a caso. Mas, em linhas gerais, quando aplicados numa parede toda, por exemplo, sempre trarão a sensação de alongamento“, comenta a arquiteta. Por isso, lembre-se que: os verticais ampliam a altura, enquanto os horizontais, a largura.
Cuidados com o que será refletido
Apesar de muitas vantagens, é imprescindível ter cuidado com os espelhos, que podem ser maus duplicadores de imagem. Ele pode gerar uma sensação de poluição visual ou até mesmo claustrofobia. “Os espelhos devem refletir o que é positivo! Dessa forma, sempre recomendo evitar o uso de espelhos em locais que possam causar constrangimento, como salas de jantar onde o pé da mesa é vazado, ou até mesmo na lateral da cama. Dormir olhando para um espelho é bastante desconfortável para a maioria das pessoas”, pontua Patrícia Penna.
Se o banheiro for pequeno, abuse de uma parede inteira de espelho ou então aplique em uma boa parte dela | Projeto: Patrícia Penna Arquitetura e Design de Interiores l Foto: Leandro Moraes
Uma pergunta recorrente é: ‘caso o espelho seja inserido em um local com incidência direta de luz natural, o resultado será positivo ou um incômodo">