Após carregar, por anos, o nada honroso título de clube mais endividado do país, o Flamengo recuperou as suas finanças e se tornou o clube mais rico e poderoso do país. As vitórias e conquistas ficaram frequentes na Gávea. Encerrado o mágico ano de 2019, quando o clube venceu o Carioca, o Brasileiro e a Libertadores da América, as temporadas continuaram, com mais ou menos turbulência, sendo coroadas com diversos títulos, ao ponto de, em todo o mundo, apenas o Bayern de Munique, no período entre 2019-2022, ter mais conquistas do que o clube brasileiro.
O bilionário Flamengo iniciou o ano 2023 repleto de pretensões e envolto em uma gigantesca galhofa. Vamos começar pela última. Após vencer o título da Libertadores, embalado pelo calor da conquista, os atletas e os dirigentes entoaram a plenos pulmões no vestiário rubro-negro a seguinte canção: “Real Madrid, pode esperar, a sua hora vai chegar”. As brincadeiras, as provocações, as zombarias fazem parte do universo do futebol, mas a arrogância não pode embaciar a capacidade istrativa daqueles que conduzem o futebol de um clube.
O dinheiro mais farto e os títulos talvez tenham atenuado, durante alguns anos, os descaminhos istrativos dos dirigentes flamenguistas e, por motivos que só as divindades do futebol poderão explicar, os equívocos resolveram ser cobrados em 2023. Movido apenas pelos resultados, não há, por parte da direção, uma espécie de projeto de futebol para o clube, que lhe dê uma coerência tática e isso fica claro com as escolhas pouco lógicas dos diversos treinadores que aram pelo Flamengo.
Depois da saída de Jorge Jesus, lembrando que o seu fantasma jamais deixou de assombrar a Gávea, o clube contou, até agora, com oito treinadores diferentes em um pouco mais de 3 anos, ou seja, são 2,67 mudanças/ano. Seria interessante fazer um Quiz! Você conseguiria nomear, de cabeça, todos os nomes que dirigiram o Flamengo a partir de 2020">