Acordar, trabalhar, treinar, cuidar dos filhos e da casa, com tantas tarefas acumuladas, compromissos adiados e um número crescente de demandas, saber o que priorizar pode parecer impossível. Muitas vezes a sensação que fica é de que 24 horas não é tempo suficiente para realizar todas as atividades do dia. Mas a culpa é de quem?
Muitos acreditam que, no ado, a vida era mais produtiva e havia mais qualidade de vida. Havia horários bem definidos para começar e terminar o trabalho, almoçar e descansar. No entanto, com o advento do home office, essa delimitação entre vida pessoal e profissional tornou-se cada vez mais rara, e a sensação de demandas infinitas no trabalho parece cada vez maior.
Uma pesquisa está sendo realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para entender quantos indivíduos enfrentam dificuldades em se desconectar do trabalho fora do expediente. Essa incapacidade de “desligar” contribui diretamente para o aumento do desgaste mental.
O mundo hiperconectado também dificulta a separação entre trabalho e vida pessoal. Alguns países, como Austrália e Reino Unido, estão discutindo leis que garantam o direito dos trabalhadores ignorarem comunicações profissionais após o expediente, um o importante para proteger a saúde mental.
Por que a organização no trabalho é a chave para o equilíbrio?
Segundo dados do Instituto Locomotiva, 65% das pessoas afirmam não ter nenhum momento de descanso durante a semana. Esse desequilíbrio entre trabalho, lazer e outras atividades é um desafio crescente, que pode evoluir para o burnout, agora reconhecido como uma doença relacionada ao trabalho pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Esse cenário reforça a necessidade de repensar práticas corporativas e incentivar o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. A organização no ambiente de trabalho é essencial para estabelecer limites e promover o equilíbrio, especialmente em um mundo cada vez mais conectado.
“A organização funciona como um alicerce que permite gerenciar melhor o tempo, aumentar a produtividade e preservar a saúde mental. Um dos primeiros os para lidar com demandas infinitas é definir prioridades claras e utilizar ferramentas práticas, como a matriz de Eisenhower, que ajuda a separar o que é urgente do que é importante”, afirma o CEO Advisor, e especialista em tecnologia e negócios, Antonio Muniz, autor do livro “Smart Skills: Descubra seus pontos fortes para uma carreira produtiva e feliz”.
A matriz de Eisenhower,que divide tarefas em quatro quadrantes, ensina que aquilo que é urgente e importante deve ser feito imediatamente, enquanto o que é importante, mas não urgente, pode ser planejado. Além disso, o que é urgente, mas não importante, pode ser delegado, e o que não é nem urgente, nem importante deve ser eliminado. “Essa metodologia simples, mas eficaz, ajuda a reduzir o estresse e a sensação de sobrecarga, criando uma estrutura mais funcional para o dia a dia”, declara Antonio.
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