Especialista aponta os principais motivos para a desistência e como o treino em casa pode ajudar a manter o ritmo de forma prática e ível
Janeiro começou com tudo: metas de ano novo, foco no corpo e disposição para mudar hábitos. Mas, conforme os meses am e o meio do ano se aproxima, a empolgação inicial dá lugar ao desânimo — e o resultado está nas academias cada vez mais vazias. A falta de adesão e a desistência dos treinos presenciais têm sido uma realidade constante.
Segundo Rafael Uliani, chefe de produtos da ZiYou e especialista no mercado esportivo, isso acontece porque muitas pessoas ainda tentam se adaptar a uma rotina rígida de academia — quando o ideal seria o contrário.
“Muitas vezes, o que desmotiva é justamente a rigidez dos horários, a ausência de orientação personalizada e um ambiente com o qual o usuário não se identifica. O exercício físico precisa ser ível, prático e adaptado ao dia a dia”, explica Uliani.
Diante disso, o treino em casa, com mais autonomia e flexibilidade, tem ganhado força como uma alternativa viável — e até mais sustentável.
“Eliminar obstáculos como deslocamento, custo elevado e falta de estrutura faz com que a prática doméstica se encaixe melhor no cotidiano e ajude a manter o autocuidado como prioridade”, afirma o especialista.
Falta de tempo ainda é o maior obstáculo
De acordo com o relatório Global Health and Fitness Trends 2023, da IHRSA, mais da metade das pessoas apontam a falta de tempo como o principal motivo para abandonar os treinos. No Brasil, um levantamento da Ipsos em parceria com o Fórum Econômico Mundial confirma a tendência: 45% dos entrevistados dizem não conseguir conciliar a prática com as tarefas do dia a dia.
“Vivemos uma rotina acelerada, com múltiplas funções e uma sensação constante de urgência. Mesmo quem entende os benefícios da atividade física, acaba deixando-a em segundo plano por não conseguir encaixá-la na agenda”, destaca Uliani.
Esse cenário tem impulsionado alternativas mais flexíveis e realistas, como os treinos residenciais, que se popularizaram durante a pandemia e continuam crescendo como tendência.
Treinar em casa dá resultado?
A resposta é sim. Diversos estudos, incluindo os publicados pelo British Journal of Sports Medicine e pelo Journal of Medical Internet Research, mostram que os treinos em casa podem ser tão eficazes quanto os realizados presencialmente — desde que respeitem critérios como frequência, progressão e boa orientação.
“O que importa não é o local, mas sim a consistência e a qualidade do programa. Com os equipamentos certos e uma rotina bem estruturada, é possível alcançar ótimos resultados dentro de casa”, reforça Uliani.
Dicas para transformar o treino em hábito
Para quem quer voltar ao foco ou começar de forma mais leve e possível, o especialista recomenda:
• Comece com metas realistas: 20 a 30 minutos algumas vezes por semana já fazem diferença.
• Defina um horário fixo e encare o treino como um compromisso pessoal.
• Organize um espaço funcional e agradável para se exercitar.
• Varie os estímulos: alterne entre treinos de força, cardio, mobilidade e alongamento.
• Acompanhe sua evolução e comemore cada pequena conquista.
• Lembre-se sempre do seu “porquê”: seja saúde, disposição ou autoestima.
“O treino deve ser visto como uma forma de autocuidado. Quando ele se encaixa na rotina, é prazeroso e faz sentido, ele se torna parte da vida — e não um fardo”, conclui Uliani.
Para mais informações sobre os serviços da ZiYou, e: www.ziyou.com.br
Autora:
Gabriela Andrade