A presença de peças autorais, idealizadas por profissionais que tornam o mobiliário uma forma de expressão da sua arte, denotam a força do design, em especial o brasileiro, e surgem na composição dos espaços como elementos de iração e sofisticação
| Na decoração dos ambientes, muito se fala sobre a expressão de estilo e escolhas que, com a composição exata, revelam a identidade e as preferências do seu morador. E na sinergia averiguada com maestria pelos profissionais de arquitetura, há sempre o ponto alto de um item que figura com o seu protagonismo – caso do design assinado de móveis. “Uma peça com esse calibre exibe muito além daquilo que nossos olhos enxergam em um primeiro momento. O design autoral de um sofá, uma poltrona ou uma mesa, por exemplo, traz em sua profusão a inspiração artística, o refinamento estético, a alta qualidade e a certeza que se trata de um item atemporal“, verbaliza a arquiteta Vanessa Paiva, do escritório Paiva e arini Arquitetura. Segundo sua sócia, a também arquiteta Claudia arini, a inserção de um móvel assinado não reflete uma escolha aleatória, mas a síntese do gosto pessoal do cliente, a atenção para com as formas, o desejo de transmitir iração por aquele elemento e o entendimento que determinada poltrona demonstra não apenas a sua funcionalidade e viés decorativo, mas o valor perene capaz de vencer gerações. “Um item com esse refinamento deixa de ser apenas uma poltrona para ser chamada pelo nome de batismo criado por autor. E isso diz muito sobre a compreensão do nosso cliente sobre a relevância de tê-la como acervo”, sintetiza Claudia. |
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| Nessa sala de estar, as profissionais do escritório Paiva e arini Arquitetura elegeram uma dupla de poltronas Tetê, de Sérgio Rodrigues, designer brasileiro de renome internacional. Lançada em 2013, um ano antes de sua morte, o móvel homenageia sua irmã Maria Thereza e se destaca pelas duas almofadas que formam o assento e encosto | Foto: Xavier Neto A está relacionada apenas aos mobiliários? Uníssonas, as arquitetas respondem que não. Ainda que um móvel se torne mais vistoso, o conceito engloba itens diversos como um tapete. Sobretudo, elas dizem que o design autoral deve entrar com um item que valoriza o visual e o lado funcional. “Cada peça precisa ter um motivo para estar ali, seja pelo desenho, pela história ou o afeto que ela desperta. Nosso papel é estabelecer esse equilíbrio entre beleza, propósito e acolhimento”, afirmam Vanessa e Claudia. Veja mais ambientes produzidos pelas profissionais do escritório Paiva e arini Arquitetura com peças assinadas: Mesa de centro  No centro do living, a da designer brasileira Jacqueline Terpins | Projeto Paiva e arini Arquitetura | Foto: Xavier Neto Apreciadoras do design, as arquitetas Vanessa Paiva e Claudia arini devotam sua apreciação aos nomes brasileiros já consagrados por décadas e profissionais expoentes que seguem na ativa com suas obras. Na elaboração desse amplo living, elas elegeram a Mesa de centro Litoral, idealizada pela designer e artista brasileira Jacqueline Terpins, lançada em 2022. De madeira folha, o tampo com formas elípticas remonta aos pilares modernistas encontrados em regiões litorâneas do Brasil e também se conecta às marcas que as ondas imprimem ao avançar na areia.  No ambiente de estar desenvolvido pelas arquitetas Vanessa Paiva e Claudia arini para acompanhar a adega, as poltronas para momentos de degustação dos rótulos entre amigos circundam a mesa Pétalas, projetada pelo arquiteto e designer brasileiro, Jorge Zalszupin | Foto Xavier Neto Uma das mais aclamadas peças do acervo elaborado pelo arquiteto e designer polonês naturalizado brasileiro, a mesa de centro Pétalas é datada de 1959, quando Jorge Zalszupin lançou sua marca, a L’Atelier. Poltrona  No mesmo ambiente da imagem anterior, mais uma peça icônica de Sergio Rodrigues | Projeto: Paiva e arini Arquitetura | Foto: Xavier Neto Entre as escolhas das arquitetas Vanessa Paiva e Claudia arini, a generosa poltrona Mole, de Sergio Rodrigues, é datada de 1960 e, desde que foi premiada, no ano seguinte, no Concurso Internacional do Móvel de Cantu, na Itália, ganhou o prestígio internacional como referência do design de mobiliário modernista brasileiro. No cantinho do living, é um convite ao conforto, tal qual a inspiração do seu criador, a partir de uma rede indígena.  Em mais um living idealizado pelo escritório, as poltronas são do arquiteto e designer Arthur Casas | Projeto: Paiva e arini Arquitetura | Foto: Xavier Neto Na área social integrada, sala de estar e living são separados pelo sofá ilha, no tom terroso e, para complementar o espaço dedicado aos visitantes, as arquitetas Vanessa Paiva e Claudia arini elegeram duas poltronas Soft, de Arthur Casas, que se sobressaem pela aparência orgânica do couro e as lâminas de madeira que promovem a sustentação.  A poltrona de balanço Aboleto, de Luia Mantelli. Em um cantinho da sala, suas linhas orgânicas, a trama artesanal e a madeira natural revelam o cuidado em compor um ambiente que convida à pausa e à contemplação | Projeto: Paiva e arini Arquitetura | Foto: Xavier Neto Design e durabilidade: uma união que vale o investimento Outro aspecto valorizado pelas arquitetas é a durabilidade emocional e física dessas escolhas. “As peças autorais têm esse poder: elas permanecem e atravessam gerações sem perder relevância ou afeto“, diz Claudia. Sobre o escritório Paiva e arini Arquitetura A parceria entre as profissionais Claudia arini e Vanessa Paiva é uma prova de que a sofisticação e a técnica trazem excelentes resultados. O escritório Paiva e arini já assinou mais de 600 projetos em mais de 14 anos de união, tendo como pontos de destaque o atendimento aos clientes e a qualidade técnica dos projetos. A dupla imprime a sofisticação de uma maneira que atenda às necessidades reais das pessoas, engenhosamente combinando a marca Paiva e arini com a expectativa dos clientes para realizar sonhos. |
Autor:
Sergio Miguel
