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terça-feira, 27 de maio de 2025

Quem é o(a) pesquisador(a)?

O(a) pesquisador(a) e o objeto e o começo da pesquisa

Na pesquisa, sobretudo, na qualitativa, cada pesquisador(a) construirá seu processo metodológico com suas particularidades e história, construirá sua pergunta de partida, utilizando-se do contexto que escolheu e do delineamento, organizado por diversas peculiaridades da pesquisa e de quem a faz.

O modo particular de ver o mundo do(a) pesquisador(a) e a sua pesquisa são indissociáveis. As concepções filosóficas e necessidades levam quem pesquisa a buscar encontrar respostas sobre suas inquietudes.

A lente de quem pesquisa está em constante construção através da formação, trajetória e experiências. Junta-se a essa lente a escolha e a operacionalização das fontes, pois, na pesquisa não há neutralidade total, já na escolha do contexto e fontes, o(a) pesquisador(a) se faz presente.

Devemos perceber o(a) pesquisador(a) como sujeito ativo na pesquisa, principalmente, na qualitativa, na qual, este não consegue ser somente um agente que operacionaliza a resolução de fórmulas, reações, etc., e não aparece.

Definido o foco para sua pesquisa, o(a) pesquisador(a) não se separa de sua realidade e é agente que provoca intervenções na pesquisa, sendo importante que essa trajetória apareça. Pois, a pesquisa é social e, como na prática docente, sempre estamos no ato de se autotransformar e forjar elementos e significados a partir das percepções do nosso redor. 

Novos olhares para a pesquisa

Se antes, a pesquisa acontecia somente buscando e operando fontes que contavam a história eurocêntrica, de grandes personagens e vencedores. Agora, amos a olhar para as pessoas comuns e suas singularidades. Com isso, vemos outros caminhos teórico-metodológicos para as pesquisas, em especial, com a história cultural. A história cultural consegue perceber e explicar movimentos acontecidos em qualquer campo, pois a cultura é transversal e permeia todos os segmentos.

A história cultural permite ao pesquisador ver as pessoas em um núcleo mais singular. Fotografias, diários de classe, cadernos, memórias, etc., são fontes para pesquisarmos, por exemplo: a escola, a formação e a prática docente. Porém, é indispensável que essas fontes e quaisquer outras sejam analisadas a partir de métodos e critérios estabelecidos pela comunidade cientifica, trazendo rigor e credibilidade, bem como, confrontadas, enriquecendo o percurso metodológico e resultados da pequisa.

Da mesma forma que o sujeito e sua pesquisa não se separam, o(a) pós-graduando(a) e o(a) pesquisador(a) também não. Assim, não é na pós-graduação que deve terminar o ato político de pesquisar. Somos aqueles e aquelas que nos propomos a pensar, formular perguntas e buscar respostas sobre fenômenos que nos cercam, seremos pesquisadores e pesquisadoras até o final da vida, sempre olhando diferente para a realidade que nos cerca.

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