Marcos Koenigkan transforma networking em força empresarial que reúne 35% do PIB brasileiro
Por trás de grandes números, muitas vezes há histórias que começam de forma inusitada. No caso do brasiliense Marcos Koenigkan, a primeira comissão veio aos 17 anos, em um restaurante em Brasília, quando viu a oportunidade de revender quadros de artistas locais com uma boa margem. Era o início de uma trajetória empreendedora que, décadas depois, soma R$100 milhões em faturamento anual, múltiplos negócios e a criação de uma das redes de networking empresarial mais influentes do país.
Koenigkan é fundador e CEO do Grupo MK, holding com atuação nos setores imobiliário, tecnológico, financeiro e de armazenagem. O grupo é dono de marcas como Catálogo das Obras (maior portal de precificação de arte e antiguidades do Brasil), LK Engenharia e MK Participações, que atuam em Realstate, MEO Bank Boutique de Crédito, além de ser líder no mercado brasiliense de Self Storages, com as marcas Show Self Storage, You Box e Brasília Self Storage, além do Mercado & Opinião.
Mas é com a Mercado & Opinião que empresário rompeu as fronteiras da sua atuação regional e consolidou influência em nível nacional. Criado durante a pandemia como um grupo informal de troca de experiências entre grandes players, o Mercado & Opinião se transformou em uma organização empresarial de alto nível, que hoje reúne mais de 900 empresários e Presidentes de empresas responsáveis por cerca de 35% do PIB brasileiro.
“No início, reuníamos apenas fundadores. Com o tempo, abrimos espaço para executivos, desde que fossem Presidentes ou o número um de companhias. O critério é claro: quem não for dono, precisa liderar uma empresa com faturamento acima de R$1 bilhão por ano”, afirma Koenigkan.
Os encontros, antes virtuais, hoje acontecem em jantares mensais privados com rodadas de conteúdo, palestras e networking. O formato deu tão certo que o grupo já realiza o Mercado & Opinião Conference, evento de um dia inteiro voltado à troca de conhecimento estratégico entre líderes de setores-chave da economia.
De Brasília para o Brasil: visão de longo prazo e aposta em nichos
Filho de empreiteiro, Koenigkan iniciou sua trajetória na década de 1990 abrindo a primeira unidade da Marcos Koenigkan Imóveis. Apostando na segmentação e no atendimento a nichos que eram ignorados pelas grandes imobiliárias da capital federal, ele consolidou seu nome como referência em condomínios horizontais no Distrito Federal.
Foi também o criador do IBAVE, uma das primeiras iniciativas de consolidação de dados imobiliários no Brasil, ainda em tempos analógicos. “Fazíamos centenas de pesquisas de preço por dia e compilávamos tudo em um sistema próprio. As principais imobiliárias de Brasília se tornaram nossas clientes”, relembra.
Em 2007, a empresa foi adquirida pela Brasil Brokers, onde Koenigkan permaneceu até 2014. Segundo ele, cerca de 90% dos condomínios legalizados no DF foram lançados sob sua liderança nesse período.
Inovação como motor
Além da atuação imobiliária, o empresário expandiu seus negócios para áreas diversas, com base em uma lógica de identificar lacunas no mercado e antecipar tendências. Um exemplo é o setor de self storage, onde atua com destaque no Centro-Oeste após sugestão do próprio filho, recém-chegado do exterior.
Hoje, além de desenvolver novos empreendimentos, o foco está em escalar o MEOBank, plataforma que conecta empresas a financiadores em condições competitivas, sem intermediação bancária tradicional. Sua meta é atingir um bilhão de reais em empréstimos ainda em 2025.
“Fazemos a ponte entre quem precisa de capital e quem está disposto a emprestar”. Nosso papel é encontrar o melhor caminho para cada negociação”, explica.
Com o crescimento do MEOBank, a meta do Grupo MK é dobrar o faturamento até 2025. Para isso, Koenigkan aposta em tecnologia, alianças estratégicas e na força do networking de alto nível. “O segredo está em ouvir, testar e adaptar. O empresário que para de inovar, para de crescer. Eu tive negócios que não deram certo, mas cada tentativa me trouxe autoridade e visão de mercado”, conclui.
Autora:
Patricia Lima